terça-feira, 28 de outubro de 2008

Atentado 11 de setembro

Depois de assistir o documentário Zeitgeist, comecei a ver os vídeos sobre o atentado. Cada vez mais acredito na idéia de que tudo foi realmente armado, não pelos "terroristas", mas por sabe-se que lá... Se assim foi, então já imaginamos uma das pessoas por trás disso. Cheguei nesse site e na entrada lê-se o texto:

We hope our website provides a helpful range of information, resources and networking to empower the blossoming 9/11 Truth movement. Since 2003 we have been trying to develop and help distribute resources addressing this momentous issue. We greatly appreciate all the efforts that so many of you are courageously undertaking to expose the lies in the official story of September 11th.



Dos autores, encontra-se no youtube o vídeo de coincidências, cuja primeira parte posto aqui:






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sábado, 25 de outubro de 2008

A cara de Gabeira

"Redivivo, Lacerda vê com satisfação o PV assumir, enfim, o seu destino histórico: ser a tanga de crochê que faltava à direita carioca."

Recomendo que leiam um texto de Gilson Caroni Filho, no site da Agência Carta Maior, no qual explicita alguns sentimentos que posssivelmente muita gente tenha, ainda que intuitivamente, acerca dessa figura pública que é o Fernando Gabeira.
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Rawls e a concepção de bem no utilitarismo

Posto aqui um resumo de um trecho do artigo de Samuel Scheffler sobre Rawls e suas críticas ao Utilitarismo, que está no Cambridge Companion to Rawls. O trecho diz respeito à critica de Rawls à concepção de bem no utilitarismo. A outra crítica fundamental, segundo Scheffler, é com respeito à distribuição, cujo resumo talvez irei postar mais tarde.



Posto aqui o trecho traduzido, apenas com algumas partes no original. Praticamente não o comentei.



TJ = A Theory of Justice (Revised Edition)



A crítica é em relação ao contraste entre considerações monistas e pluralistas do bem



Para Rawls, teorias teleológicas, que definem o bem independente do justo e o justo como maximizando o bem, tendem a interpretar o bem em termos monísticos.



Ex: perfeccionismo, visões religiosas e utilitarismo clássico (com o bem compreendido hedonisticamente).



Formas utilitaristas não teleológicas, como o princípio da utilidade média, são monistas se definem o bem hedonisticamente.



O utilitarismo hedonista é, no entanto, superficialmente favorável ao pluralismo (enquanto outras formas monistas não o são) na medida em que reconhece que os indivíduos sentem prazer em muitos tipos diferentes de atividades. Assim, seria compatível com nossa sociedade pluralista.



Motivos pelos quais as teorias teleológicas são levadas ao monismo:


1- Evitar a indeterminação do modo como o bem é caracterizado, visto que para as teorias teleológicas qualquer vagueza ou ambigüidade na concepção de bem é transferida para a noção de justo. (TJ, 490);


2- A incorporação do monismo resolveria um problema fundamental da natureza da deliberação racional: como uma escolha racional entre opções aparentemente heterogêneas pode ser feita? A menos que haja um fim final ao qual toda ação humana vise, o problema parece insolúvel. (Ver começo da Ética a Nicômaco, de Aristóteles.) Se há, contudo, um fim final das ações, então parece ser possível esse fim como o único bem intrínseco para os seres humanos (TJ, p. 484,7). Assim, chega-se a uma consideração monista do bem a partir do argumento da condição da deliberação racional (TJ, p. 487). Assim, uma visão teleológica que nos direcione a maximizar esse bem parece plausível. As Rawls says: “Teleological views have a deep intuitive appeal since they seem to embody the idea of rationality. It is natural to think that rationality is maximizing something and that in morals it must be maximizing the good” (TJ, p. 22).



O hedonismo é a tendência das teorias teleológicas por dois motivos:


1- Os sentimentos agradáveis parecem ser a moeda interpessoal que torna as escolhas sociais possíveis (TJ, p. 490);


2- A superficial hospitalidade do hedonismo aos diversos tipos de vida permite evitar a aparência de fanatismo e desumanidade (TJ, p. 487).



Thus, Rawls believes, there is a chain of argument that begins with a worry about the possibility of rational decision and concludes with an endorsement of hedonistic utilitarianism.



Crítica de Rawls à concepção monista de bem do utilitarismo clássico:



Simplesmente não há, segundo Rawls, bem dominante. Prazer ou sentimentos agradáveis não podem constituir tal fim final. Tampouco Rawls crê que a irredutível diversidade dos nossos fins significa que não é possível a escolha racional. All it means is that formal principles play a limited role in determining such choices.


O conhecimento racional deve fundar-se no autoconhecimento: em determinar qual dentre os diversos fins interessa mais a nós, através da racionalidade deliberativa – da reflexão cuidadosa, sob as circunstâncias favoráveis, à luz de todos os fatos relevantes disponíveis a nós –, mas não há um procedimento formal que irá rotineiramente selecionar o curso racional da ação.


Uma vez que não há um bem dominante de toda ação racional, não é plausível supor que o bem seja monístico. the “[h]uman good is heterogeneous because the aims of the self are heterogeneous” (TJ, p. 486). Assim, parece não haver uma motivação para uma teoria teleológica.


Então, parece não haver motivo para arranjar as instituições sociais de modo a produzirem a maximização do bem, visto que essa motivação se originaria de uma visão teleológica. É mais plausível, portanto, visto a heterogeneidade dos bens, estabelecer um moldura de cooperação social na qual os indivíduos possam perseguir seus diversos fins e aspirações.



Compreensões possíveis da crítica de Rawls



- A crítica não se aplica as concepções contemporâneas do utilitarismo, visto que elas não definem o bem hedonisticamente, mas segundo a satisfação das preferências pessoais e não com um suposto estado de consciência.


Resposta de Rawls: no artigo “Social Unity and Primary Goods”, Rawls formula um argumento antes indicado nos últimos 4 parágrafos da seção 28 da TJ (Some Difficulties with the Average Principle) para mostrar que as formulações contemporâneas também são implicitamente hedonistas. Elas dependem de algo como uma função de preferência compartilhada de ordem superior como base de comparação interpessoal de bem-estar. Tal função trata os cidadãos como concordando com uma classificação comum de desejos relativos de diferentes conjuntos de recursos materiais e qualidades pessoais (traços de caráter, habilidades e experiências, impedimentos e lealdades, fins e aspirações). Os cidadãos racionais desejam, assim, um conjunto total com a classificação mais alta possível.


Rawls argumenta que, se é assim, então, há uma dissolução da pessoa como alguém que leva uma vida que se expressa na individualidade e devoção a fins finais específicos. Além disso, é apenas psicologicamente compreensível a idéia do prazer como um bem dominante pelo qual as pessoas racionais buscam revisar ou abandonar seus outros fins.



- O argumento contra o monismo não é apresentado para refutar o utilitarismo ou qualquer teoria teleológica em geral, mas tem um papel motivacional no estabelecimento da própria posição original. Ajuda a explicar o porquê das partes não aceitarem nenhuma concepção particular de bem e aceitarem, ao invés, a teoria fina do bem. Da posição inicial, as partes não escolheriam, então, uma teoria de justiça baseada numa concepção de bem hedonista ou monista. As partes rejeitariam esse tipo de teoria de justiça porque o argumento de Rawls para o pluralismo o levou a definir a posição original de uma maneira a garantir isso (TJ, p. 493). Assim, a justificação da escolha das partes parece ficar comprometida e, na medida em que essa escolha representa o argumento central contra o utilitarismo, o modo como ele o estabelece parece comprometê-lo.


In his later writings, Rawls himself expresses misgivings about the role played in TJ by his defense of a pluralistic theory of the good. In “Justice as Fairness: Political not Metaphysical,” he describes it as one of the “faults” of TJ that the account of goodness developed in Part III “often reads as an account of the complete good for a comprehensive moral conception [1]” And in Political Liberalism, he recasts the argument against monistic conceptions of the good; the point is no longer that they are mistaken but rather that no such conception can serve as the basis for an adequate conception of justice in a pluralistic society.








[1] Philosophy and Public Affairs 14 (1985): 22351, at 251n., and


Rawls, Collected Papers, 388414 at 414n. See also PL, pp. 1767n.




sábado, 18 de outubro de 2008

Enquanto isso, na sala da justiça...


"Os comícios começaram a fugir do controle, com seus apoiadores chegando a gritar matem-no à menção do nome de Obama. O Serviço Secreto abriu, inclusive, o inaudito precedente de interrogar membros de um comício presidencial por ameaça de assassinato. Com a reação negativa gerada pelo sectarismo, McCain retrocedeu. De uma correligionária que começava um discurso sobre Obama, o “terrorista árabe”, ele chegou a tomar o microfone, meio sem graça ou talvez a contragosto, para dizer que Obama é um homem de família decente com quem tenho algumas divergências. Foi vaiado durante alguns instantes pelo seu próprio público."


Mais em http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15294